Imprensa internacional repercute indiciamento de Bolsonaro pela PF por tentativa de golpe;

Imprensa internacional repercute indiciamento de Bolsonaro pela PF por tentativa de golpe;

Imprensa internacional repercute indiciamento de Bolsonaro pela PF por tentativa de golpe;
Imprensa internacional repercute indiciamento de Bolsonaro pela PF por tentativa de golpe; (Foto: Reprodução)

Imprensa internacional repercute indiciamento de Bolsonaro pela PF por tentativa de golpe;
O indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), apontado pela Polícia Federal (PF) como parte de uma conspiração golpista para se manter no poder após ser derrotado nas urnas em 2022, estampou manchetes nos principais jornais do mundo.
The New York Times, nos Estados Unidos; El País e The Guardian, na Europa; e El Tiempo, na Colômbia, repercutiram a notícia, afirmando que “as acusações agravam os problemas legais de Bolsonaro e revelam o alcance do que as autoridades têm chamado de uma tentativa organizada de subverter a democracia”, como escreveu o periódico americano.
Críticas sobre os riscos envolvidos:
O indiciamento de Bolsonaro e de outros membros do alto escalão político e militar expõe não apenas crimes potenciais, mas também fragilidades institucionais que, caso ignoradas, podem abrir precedentes perigosos para ações futuras contra a democracia brasileira. A repetição de narrativas golpistas e a falta de uma resposta contundente da sociedade indicam um alerta grave: o enfraquecimento do Estado de Direito.
Principais envolvidos e acusações
O ex-presidente foi indiciado pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Além de Bolsonaro, também foram indiciados pela PF o ex-ministro da Defesa general Walter Braga Netto, o ex-chefe do GSI general Augusto Heleno, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, e mais 33 investigados nas operações Tempus Veritatis e Contragolpe.
O relatório foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e será analisado pelo relator Alexandre de Moraes. Em seguida, o documento será encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá entre apresentar uma denúncia, arquivar o caso ou pedir novas diligências.
Alerta sobre o impacto institucional:
Enquanto o processo segue trâmites legais, é crucial observar como a resposta das instituições moldará o futuro da governança democrática no Brasil. A lentidão ou ineficácia das ações judiciais pode não apenas comprometer a confiança da população, mas também encorajar movimentos similares no futuro.
Repercussão internacional
The New York Times (Estados Unidos)

O NYT destacou que o indiciamento “agrava” os problemas legais de Bolsonaro, relembrando outros inquéritos recomendados pela PF, como a falsificação dos cartões de vacina e o caso das joias.
“Mais de um ano antes das eleições de 2022 no Brasil, Bolsonaro começou a levantar dúvidas infundadas sobre a segurança das urnas eletrônicas do País e alertou que só poderia ser derrotado se elas fossem manipuladas a favor de seu oponente”, destacou o jornal.
Crítica ao discurso perigoso sobre as urnas eletrônicas:
Essa estratégia de questionar sem provas a integridade do sistema eleitoral não apenas mina a confiança pública, mas também cria um terreno fértil para discursos extremistas que podem incitar violência e desinformação.
The Guardian (Reino Unido)

O jornal britânico descreve Bolsonaro como “um capitão desonrado do Exército, que se tornou um político populista”.
“A polícia acusa 37 pessoas de crimes, incluindo conspiração e tentativa de derrubar uma das maiores democracias do mundo”, destacou.
O periódico também menciona o envolvimento de militares e aliados próximos de Bolsonaro, como o ex-ministro da Defesa general Walter Braga Netto e o ex-chefe do GSI general Augusto Heleno.
Crítica ao envolvimento de militares:
O uso de figuras militares em conspirações políticas representa um risco profundo para a separação entre as Forças Armadas e a política, um pilar essencial para a estabilidade democrática.
El País (Espanha)
O jornal espanhol relatou que o golpe planejado só não foi colocado em prática porque os golpistas não tiveram o apoio das Forças Armadas, destacando Braga Netto como figura central nos planos.
El Tiempo (Colômbia)
Além de noticiar o indiciamento, El Tiempo destacou as prisões de suspeitos de planejar o assassinato do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e outras figuras políticas.
“Lula venceu por pouco as eleições de outubro de 2022 contra o líder da direita brasileira, que nunca reconheceu a derrota”, escreveu o jornal.
Risco de normalização de ataques à democracia:
Eventos como a resistência à aceitação de resultados eleitorais e os ataques planejados a lideranças políticas criam um ambiente de instabilidade e ameaçam a segurança pública e política do país.


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